Abrindo os trabalhos
O ano começou bem, com duas matérias já há muito feitas, que finalmente foram ao ar no Scream&Yell: entrevistas com os argentinos do Árbol e com o dramaturgo e escritor Mário Bortolotto.
O Árbol foi uma grata descoberta que eu tive graças à Rolling Stone argentina (às vezes, eles dão umas dentro), uma banda com um senso melódico único e um humor insuspeito. No som adolescente de Árbol (1999) e Chapusongs (2002) já havia mais inventividade musical do que poderiam sugerir os versos óbvios, com charanga, flauta, trombone e violino apontando caminhos mais ousados e criativos. O ápice chegou com Guau! (2004), o primeiro que eu tive a oportunidade de ouvir e não canso de escutá-lo até hoje. Desse álbum consta "El Fantasma", canção cujo clipe eu já postei aqui, mas o disco todo é uma coleção de power pop de primeira.
Detalhe: Edu Schmidt, o multihomem da banda, saiu em carreira solo dois meses após a realização da entrevista. Isso não defasa em nada as declarações, e o tal papo de "tentar manter a banda unida" já mostra que o discurso polido e profissional das bandas é o mesmo em qualquer idioma...
Já Mario Bortolotto dispensa apresentações (mas por via das dúvidas, o texto tem uma, para quem quiser saber). É uma influência enorme para mim, e não nego certa vergonha em admiti-lo. Vergonha não porque seja um problema ser influenciado por Bortolotto, mas sim porque muitas vezes me vi tentando copiá-lo textualmente (e até discursivamente), como um adolescente que se fascina com uma escrita apaixonante e direta. E foi bem isso que aconteceu após eu ler Bagana na Chuva, já resenhado no Gordurama. Mas o tempo passa e a gente se liberta dos fantasmas, restando o prazer da leitura e algum tanto de sentimento e aprendizado.
Quer ler as entrevistas? Vai lá no Scream&Yell.
Entrevista com Mário Bortolotto.
Entrevista com Edu Schmidt, (agora ex-)Árbol.
1 Comments:
UM BRINDE! SAUDADES, CARA. ABRAÇO.
9:33 PM
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