El Lobo no se salió nada mal

Lobão sempre criticou os produtores de seus discos, culpando-os por soarem datados e presos a modismos de época (do pop uêive que praticava com os Ronaldos passando pelo hard rock anêmico do fim dos 80 até o quase-metal farofa disfarçado de “samba-rock” no infame O Inferno É Fogo). Culpa deles ou não, o fato é que os arranjos prendiam várias canções ao período em que foram lançadas e acabava embolorando grandes composições. Várias dessas foram recuperadas em sua forma mais essencial e empolgante no projeto da MTV. “Bambino”, que nem era lembrada em sua encarnação ronalda, é minha preferida do momento, mas até a insistente “Me Chama” está aqui numa versão que a recupera do cansaço da repetição. Ainda acho que só o guitarrista da Gang 90 (cujo nome me esqueci, Herman alguma coisa) sabia cantar apropriadamente o refrão de “Noite e Dia”, mas isso é só um comentário, não uma ranhetice. As faixas de A Vida É Doce, com cordas verdadeiras substituindo as emuladas em estúdio, provam que aquele disco, disfarçado de chupação de Portishead, trazia as melhores letras, harmonias e estruturas melódicas do Lobo.
Todo o blábláblá sobre ele pode ser deixado de lado. Restante o disco (que contém uma pequena parcela do melhor de seu trabalho e elimina nulidades parvas como “Junkie Bacana”, “Dedededéu” e “Presidente Mauricinho”), tudo está de ótimo tamanho
Todo o blábláblá sobre ele pode ser deixado de lado. Restante o disco (que contém uma pequena parcela do melhor de seu trabalho e elimina nulidades parvas como “Junkie Bacana”, “Dedededéu” e “Presidente Mauricinho”), tudo está de ótimo tamanho
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