Um blog em todos os sentidos, com umas coisas escritas por Leonardo Vinhas. Tudo que representa o presente e reflete o passado, sem vaticínios futuros.

Friday, October 12, 2007

porque assim como tudo termina, tudo também começa

E aí, Foz, como estão seus dias sem mim?

A epopéia –não, não há nada de épico, é só uma viagem – começou 04h30 da manhã e não vai acabar tão cedo. É um processo de revisitar sentimenmtos que já não existem, de ver o que sempre existiu com um olhar novo. Ou em palavras mais caras: é hora de ir pra Curitiba durante o maior, ou ao menos mais proveitoso, cessar-fogo espiritual e pessoal que já tive.

É estar de volta à cidade onde comecei a entender as lições que fazem alguém abandonar a adolescência tardia e ser homem, sentar-me com pessoas que admiro e respeito, e de qosto muito, e poder ter o prazer de ouvi-las sem me sentir deslocado ou sem buscar afetações que maquiem minha real atitude em relação ao mundo. Claro que eu não sabia de praticamente nada disso antes de chegar aqui.

E dessa vez não chego sozinho nem com companhias fantasmagóricas que assombram o coração, mas chego acompanhado de alguém real, que viu parte do inferno ao meu lado, e que compartilhou e até assimilou parte desse inferno, e agora posso dividir com ela coisa que efetivamente conquistei. Alguém com quem posso dividir coisas novas, sem descartar toda a história que existe entre o primeiro encontro num nada prosaico e muito ordinário restaurante por kilo e o momento presente.

São dias onde atravessar uma rua me traz um prazer indescritível e a alegria não vem em explosões, mas em uma espécie de brisa que está ali, dançando no seu rosto enquanto você espera a tormenta passar. Porque ela veio e não irá embora tão fácil. Mas talvez a chuva seja só imaginária e o que me molha sejam só aquelas lágrimas que caíram dentro de mim.

Hoje não tem o que me molhar a não ser uma tentativa de chuva que se insinua em Curitiba.

Pode vir. Não tenho medo algum.

Labels: , ,

0 Comments:

Post a Comment

<< Home